Queda de rendimento dos times pequenos enfraquece o futebol carioca
Por Leo Barros
Há oito anos não tínhamos o total controle dos quatro grandes clubes da Capital no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. Sem concorrentes a altura, Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco se classificaram para as finais dos dois turnos sem maiores problemas.
Com esse quadro podemos fazer a seguinte pergunta: "Cadê a força dos times pequenos e do interior?". Equipes como Americano, América, Madureira, Volta Redonda, que davam maior emoção ao campeonato, foram apenas coadjuvantes, meros participantes do Estadual. Como aquele ator, que fez um certo sucesso num filme e na próxima produção apenas completa o elenco.
Dos confrontos entre “Grandes” e “Pequenos”, podemos contar nos dedos, os pontos que os grandiosos perderam. O Madureira conseguiu os maiores feitos: ganhou de Botafogo e Vasco, empatou com o Flamengo, mas na última rodada da Taça Rio, levou uma sonora goleada de 4 a 0 para o Fluminense. Os outros feitos foram do Boavista em cima do Botafogo e do Volta Redonda diante do Vasco. Ocorreram alguns outros empates, mas nada de relevante, que pudesse atrapalhar os “grandes”.
Podemos enumerar os motivos da queda desses clubes, considerados de "segundo escalão". Falta de patrocinadores fortes, coisa que sempre foi um empecilho, inchaço no número de clubes na 1ª divisão, e o principal deles: jogos contra os “grandes” sempre na capital carioca.
Quando os dirigentes se sentaram para discutir as regras do campeonato deste ano, ficou acertado que cada time pequeno, que jogassem no Maracanã, São Januário ou Engenhão, ganharia R$ 45 mil por jogo. A princípio, a idéia foi tentadora: um dinheiro certo para os cofres dos times que suam a camisa para conseguir verba e montar equipes competitivas. Mas, com a grana, veram os estádios vazios de públicos e rendas lastimáveis.
Entre os principais "micos", que tivemos ao longo do Estadual, podemos citar o jogo entre Americano e Mesquita, no estádio Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes, no dia 10 de fevereiro, em que apenas 147 testemunhas presenciaram o "brigado" empate em 0 a 0. A desculpa pode ser que apenas 200 ingressos foram colocados à venda, mas será que se 5 mil fossem disponibilizados, o público seria maior? Na minha opinião, não!
Quem perde com essas decisões extra-campo são sempre os torcedores. Homens, mulheres, crianças, todos apaixonados por futebol e pelos seus times de coração, que moram no interior e esperavam a única oportunidade de ver bem perto seus clubes atuarem. Mas esse prazer foi retirado com a decisão assinada por cartolas, que não entram em campo.
Falando nos cartolas dos times “pequenos”, eles chegaram a reclamar, no final do campeonato, sobre o regulamento. No entanto, vale lembrar que eles próprios concordaram e assinaram em baixo.
Não podemos negar que tivemos um bom Campeonato Estadual. Os times “grandes” fizeram boas contratações, trouxeram bons jogadores, além de manter muitos também. Mas faltou disputa, emoção e público.
Bom, então, até a terceira divisão do Campeonato Brasileiro para: Madureira, Boavista, Cabofriense e Macaé. Para os outros times, alguns ainda disputam a Copa Rio este ano, mas até o ano que vem! Que 2009 seja mais alegre aos torcedores do interior. Já, para os queridos América e Cardoso Moreira, até junho de 2009!
Um comentário:
Leo Barros em seu texto passou informações interessantes, uma delas é que os times pequenos, apesar de todos os problemas, só conseguiram vencer clubes medianos. O único Grande, Flamengo, não foi batido. kkkkkk
Enquanto o futebol carioca permanecer nas mãos desses amadores e imbecís, nosso Campeonato Estadual não terá nada de emocionante antes da final. Ainda mais quando equipes como Fluminense e Flamengo montam um elenco bacana, para disputar torneios internacionais.
Tem que ampliar o número de times, mas aumentando da mesma forma as possibilidades desses clubes chegarem até a final. No contrário, o Cariocão só terá graça quando decidir que vai enfrentar, mais uma vez, o Flamengo na final.
E tenho dito.
Aquele abs!!!!
Vamos Mengão!
Rodrigo Azevedo
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